Por
trabalhar com moda sempre pensei em escrever um blog, mas incoerentemente nunca
quis escrever sobre esse tema. Trabalho com isso, mas não sou it girl e não respiro moda 24 horas por
dia (mesmo tendo essa obrigação). Então fui prolongando esse início por não
saber sobre o que exatamente falar.
O
fato de eu ser bem alta me proporcionou diversas experiências das mais tristes
às mais divertidas e certa vez ao compartilhar um desses “causos” no facebook, minha
querida amiga Laura sugeriu que eu escrevesse sobre essas situações. Fiquei
tentada, mas hesitei.
Ontem
eu estava trabalhando e a Gabi (pcp da empresa) me chama, pois uma cliente
gostaria de me conhecer. O motivo? Minha altura. Comecei a rir e fui me
apresentar a Estela, uma mulher bonita, loira e alta. 1,80m de altura. Ela
ficou eufórica com o meu tamanho e por eu ser tão mais alta que ela.
Conversamos sobre as dificuldades em encontrar roupas e sapatos e a falta de
empresas que produzam pra esse nicho de mulheres altas e magras.
Foi
aí que percebi a real necessidade em se falar sobre isso. Não só falar, mas
trocar figurinha, divulgar lugares onde possamos comprar roupas e calçados,
mostrar que alguns lugares e serviços públicos não possuem estrutura para receber
uma pessoa fora do padrão e aí se incluem os muito altos, os muito baixos, os
acima do peso e todos que de alguma forma sofrem por serem diferentes. Terei o
foco na altura por ser esse o ponto que me distingue da maioria, mas o espaço
está aberto para todos. Aprendi que é conversando que as coisas se tonam mais leves,
divertidas e fáceis de entender. Por isso penso ser muito importante essa troca de experiências.
E lógico que
não é só de coisas negativas que vivem os “diferentes”. Há muita situação inusitada e
engraçada que só vivi por ser alta e pretendo também compartilhar. Espero que
gostem do que vem por aí e que esse espaço seja útil de alguma forma.
Bjs
Je
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